terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Exaustão, do normal ao patológico. Parte 4. Como evitar.



Algumas mudanças de hábitos e pensamentos podem evitar o quadro da exaustão emocional e/ou despersonalização.

Recomento ainda o link abaixo falando sobre as origens da exaustão, onde complementa as postagens anteriores, explicando o ciclo energia, gasto energético emocional e físico e exaustão. http://josesencini.com.br/detalhes.php?as-origens-da-exausta0&id_produto=18839.

  •             Observar a forma como as coisas foram “embutidas” na nossa cabeça e fazer uma faxina geral periodicamente é o primeiro passo para nos libertarmos de conceitos que não mais se  encaixam na nossa nova maneira de ser e viver.
  •             Acreditar que cada ser é único e possui características próprias, não aceitando qualquer imposição social, familiar ou da mídia que nos tragam instabilidade emocional, baixa auto-estima e desvalorização.
  •  Olhe para dentro de si, sinta o seu coração, deixe suas emoções virem à tona. Sinta-as, observe-as, não tenha medo de entrar em contato com as mesmas, depois identifique se são reais ou ilusórias.


 Todos batem sempre na mesma tecla: atividade física faz bem à saúde, isso todos nós sabemos, mas, quando falamos em atividade física já nos  imaginamos   gastando horas e horas dentro de uma academia, fazendo musculação, esteira, aulas de aeróbia ou localizada.

Atividade física não é somente exercício físico, está relacionado a  tudo que implica movimento e que exige um certo gasto energético, e, ao mesmo tempo, nos mantem ativos. Uma caminhada leve, passear com o cachorro, lavar o carro, subir escadas, praticar jardinagem, tudo isso é atividade física.
Claro que, dependendo do objetivo, o exercício físico é o mais indicado, porém, para melhorar os sintomas da exaustão uma simples atividade física pode ser muito benéfica.
Experimente sair um pouco da rotina e dançar, criar uma pequena horta em seu quintal ou varanda, brincar com seu animal de estimação ou com seus netos, tudo isso implica gasto energético leve e pode melhorar o seu humor, já que, qualquer atividade física libera substância envolvidas na sensação de prazer e bem estar.

Quando insistimos em alimentação mais saudável não significa que o fazemos por modismo, alimentos mais saudáveis, com menos gordura e menos açucares promove mais energia ao corpo, promovendo uma sensação de ânimo e disposição, já alimentos mais industrializados, contendo mais açucares e acidez, traz uma morosidade ao nosso organismo.
As vezes nos sentimos letárgicos e não sabemos porque, pode ser o tipo de alimento que estamos ingeridos. Vale a pena ficar atento
Sugestão de leitura. www.maianaturalista.com/2015/02/bebidas-naturais-para-cansaco-mental.html?m=1  falando sobre sucos naturais para cansaço mental. 
  
Existem situações onde estamos com o pensamento tão “engessado” que não conseguimos encontrar soluções para nossos problemas sozinhos. Isso não significa que somos incapazes de resolve-los, apenas estamos com uma  névoa encobrindo nossa criatividade para resolução das pendências. Isso não desmerece ninguém, todos nós já passamos por isso. Nesse caso, porque não recorrer a um profissional?
Participar de um grupo de auto ajuda vai lhe mostrar que existem pessoas com as mesmas dificuldades, e vai lhe trazer uma outra perspectiva para o problema além de fazer um interação entre as pessoas, podendo eliminar parte do isolamento emocional.


Terapeutas, psicólogos ou psiquiatras também 
podem ajudar, dependendo do grau da exaustão que o indivíduo está passando. Existem profissionais capacitados para direciona-los à raiz do problema e, com isso, chegar a causa sem ter que camuflar com medicamentos.



Cuidados gerais com a saúde, exercícios de relaxamento e respiração, práticas meditativas, exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada, dedicação ao lazer, tudo isso, aliado a um suporte familiar e social contribui para amenizar as tensões do dia a dia auxiliando no contorno da situação.

Eu, particularmente, quando me vejo em um estado parecido sempre me pergunto... Estou satisfeita com a minha vida? O que estou sentindo nesse exato momento? Tem algo que possa fazer para melhorar?  São questionamentos que me fazem perceber melhor quem eu sou de verdade, o que me importa de verdade, o que quero de verdade. Desta forma, me conecto melhor com o meu Eu interior     e posso adquirir melhor controle da minha vida e de meus sentimentos, aproximando-me cada vez mais da minha verdadeira essência, essência essa que me permite ter liberdade para expressar quem eu sou, o que eu preciso, de forma a ser melhor compreendida e melhor compreender.


Namastê


Mirian Ilda da Silva



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Exaustão, do normal ao patológico. Como amenizar os sintomas. Parte 3.




Terapias naturais são benéficas, no tratamento da exaustão,  pois aliviam os sintomas físicos que a mesma  provoca no nosso corpo. A  acupuntura, que  é uma das técnicas orientais mais procuradas no ocidente, tem como objetivo promover  interação entre o corpo e a mente,  preconiza que o indivíduo seja avaliado num contexto global,  observando seu  desgaste energético, para restabelecer  o  equilíbrio entre o físico e o emocional. Uma mente sã,   gera um corpo são.


A terapia com os  Florais de Bach ajuda a identificar nossa essência, e pode ser utilizada como tratamento coadjuvante para exaustão.
O importante é nos conscientizarmos, a cada dia, de que o Ser é a base de nossa boa vida, enquanto o Ter exige de nós esforços grandiosos que podem interferir em nossa personalidade causando-nos desconfortos físicos, emocionais e mentais.

Quanto mais nos conhecermos, tanto do lado positivo como do negativo, mais nos fortaleceremos. A aumentando a nossa auto-estima, melhoramos  a forma de nos relacionarmos,  e  teremos gasto energético em menor escala, consequentemente, menos exaustão.
A terapia com florais de Bach nos permite conhecer esse lado oculto, que insistimos em não deixar aflorar.

O link referenciado fala exatamente sobre isso, faz uma conexao entre a  sabedoria oriental e as essências florais, citando os  mais indicados para essa situação: grupo ser natural: EXAUSTÃO E AS ESSENCIAS FLORAIS DE BACH, vale a pena conferir;




No próximo post estaremos falando sobre como evitar que a situação de exaustão se instale.


Até mais, 





Exaustão, do normal ao patológico. Parte 2. Características. Despersonalização.




                                                            b)    Despersonalização(distanciamento afetivo)

A despersonalização é entendida como uma desordem de dissociação, ou seja, experiências de sentimentos de irrealidade, de ruptura com a personalidade, processos de amnésia e apatia, é como  se você deixasse de ser você, existe alguém, mas não nos identificamos com essa nova pessoa.

Esse sintoma pode apresentar-se isoladamente ou associado a outros transtornos de personalidade (bipolar, esquizofrenia,  mudanças comportamentais pós estresse traumático e ataques de pânico).







“ Já não me reconheço, me olho no espelho mas vejo uma outra pessoa, isso tem acontecido com frequência, é como se alguém olhasse para mim e falasse: quem é você?  Venho me sentindo assim desde o dia que fui traído, achava que tudo era perfeito, que minhas atitudes eram as melhores possíveis, de repente, me vi diante de uma situação que não sabia lidar. Não sabia mais quem eu era e o que eu estava fazendo aqui na terra. Tive vontade de morrer...”


É comum pessoas que estão passando pela situação de despersonalização falarem dessa forma, acham até mesmo que estão deprimidos, mas a ansiedade é a grande vilã. Normalmente não conseguem mais viver o momento presente, ficam presas ao passado ou idealizando o futuro.
Seus conflitos internos tornam-se insuportáveis, há uma dose exagerada de emoção diante do problema real. A pessoa confunde realidade com ilusão, e cria uma situação de conflito entre a situação verdadeira e a sua mente criativa.


A despersonalização provoca sensação de alienação em relação aos outros sendo a presença destes, muitas vezes, desagradável e não desejada.

... sou obrigada a conviver com ela, trabalhamos no mesmo setor, mas sempre me sinto mal, sempre que ela chega perto, é como se eu me sentisse desgastada...

... é como seu eu ficasse totalmente apática,  a simples presença da minha sogra em  minha casa, falando o que devo ou não devo fazer, me irrita, mas não falo nada em respeito ao meu marido....

A despersonalização está muito relacionada a indivíduos competitivos, esforçados, impacientes, com excessiva necessidade de controle das situações, dificuldade em tolerar frustrações.

Consideram que suas possibilidades e acontecimentos de vida são consequentes à capacidade de outros, à sorte ou do destino. Normalmente, possuem uma visão pessimista e costumam destacar os aspectos negativos, preveem insucesso, sofrendo por antecipação.
Perfeccionistas, são bastante exigentes consigo mesmo e com os outros, não tolerando erros e dificilmente se satisfazendo com os resultados das tarefas realizadas, decepcionam-se facilmente.
Sinais que caracterizam a despersonalização ou exaustão emocional ou síndrome de Burnott:

  • Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz; dedicação intensificada e imediatista,
  • Descaso com necessidades pessoais básicas como comer, dormir, sair com amigos,
  • Não enfrentamento dos problemas, mesmo quando há  percepção de algo errado,
  • Isolamento, recolhimento e aversão a atividades sociais,
  • Fuga dos conflitos, desvalorização de coisas que antes tinham valores; lazer, casa, amigos,
  • Dedicação maior ao trabalho do que qualquer outra coisa,
  • Desvalorização de outras pessoas,   começam a achar que os outros são incapazes e que possuem desempenho abaixo do que o seu,

  • Supervalorização de si,

  • Contatos sociais cínicos e agressivos,

  • Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor), evita diálogos pessoais e dão preferência aos e-mails, mensagens, recados,

  • Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante,

  • Sinais de depressão (marcas de indiferença, desesperança, exaustão, a vida perde o sentido),

  • Síndrome do esgotamento profissional com colapso físico e mental, esse é o último estágio, considerado emergencial e necessidade de ajuda médica e psicológica.

Como pudemos observar,    a exaustão é um sinal de que algo vai mal, ou seja, um sintoma e não  necessariamente uma doença instalada.
Pode ser revertida com alguns cuidados; primeiro    a   conscientização de que é uma fase e está muito relacionada com a ansiedade, com nosso apego ao passado e nossas expectativas do futuro.

No próximo post;  Exaustão, do normal ao patológico. Como amenizar os sintomas. Parte 3, iremos dar algumas dicas de como amenizar o sofrimento,  oriundo da exaustão, através das terapias naturais. 

Por Mirian Ilda da Silva




quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Exaustão, do normal ao patológico. Parte 2. Características. Exaustão emocional






      a)    Exaustão Emocional

... hoje saí para dançar, me diverti muito, seria tão bom se eu e meu marido fizéssemos isso regularmente, mas ele vive falando que não tem tempo....

... há anos me sinto cansada  e nem converso mais com minha família direito sobre isso, parece que eu não mais existo para eles, todos agora só querem ficar nos seus celulares...

... não aguento mais o meu chefe, ele é dominador e controlador, só gosta de mandar, mas eu mesma é que executo todas as tarefas, só que quem recebe os elogios é ele....

Casos como esses retratam uma característica típica que pode levar a exaustão emocional; o indivíduo sente-se exigido além das suas forças, mas diminuído em seus recursos emocionais, exaurem suas energias e começam a sentir que são inúteis e dispensáveis. Vivenciam sofrimento com a situação.

No início,  a percepção dessa situação é mínima, camuflam sua insatisfação alegando que são pessoas tolerantes,   compreensíveis e que as coisas são assim mesmo; há um certo conformismo, porém, com o tempo, percebemos que essa situação não é verdadeira, apenas está sendo encoberta para ser aceito no meio social, familiar e, com isso, começam a aparecer alguns sintomas discretos: nervosismo, irritabilidade, frustração, ansiedade.


Gradativamente,  o estado de desesperança vai se instalando, a pessoa sente-se solitária,  impaciente, aumentando a tensão. Sentimentos de raiva começam a se tornar crônico, e a diminuição de empatia se faz presente, a pessoa exaurida emocionalmente já não tem paciência para com o próximo. Sensações físicas como baixa energia, fraqueza, diminuição da imunidade, alterações do sono, cefaleias, nauseas, tensão muscular, dores lombar e cervical começam a fazer parte da rotina do exaurido.

Sabemos que não é fácil diagnosticar a exaustão emocional,  não são raros os casos que se confundem com depressão ou outro transtorno de personalidade, frente as características comuns entre elas. Os sintomas se misturam, porém, diagnóstico errôneo pode levar a prescrição de medicamentos desnecessários, por isso a importância de nos conscientizarmos das diferenças.






A despersonalização(distanciamento afetivo) é outra situação que leva a exaustão, estaremos abordando esse tema na próxima postagem. 


   

 Boa noite!



Mirian Ilda da Silva


Exaustão. Do normal ao patológico. Parte 1





O que difere o ser humano dos outros seres vivos é a consciência.  Tendo consciência, pensamos.
A qualidade de nossos pensamentos pode determinar o quanto exaurimos ou não a nossa energia, a forma como lidamos com certas situações que nos incomodam também.

Quando não conseguimos resolver determinado assunto, ou insistimos em mantê-lo “vivo” sem solução,  trazendo a tona sentimentos de culpa, vergonha, medo, impotência, podemos desencadear alguns sintomas.

 
Hoje falaremos sobre a diferença entre exaustão e cansaço.

Exaustão corresponde a um estado onde há perda das forças físicas ou mentais, prostração, excesso de cansaço, esses estados de esgotamento persistentes são citados como estresse patológico ou negativo.

Já o cansaço é um estado passageiro, uma sensação de desgaste após um dia de trabalho, ou de atividade intensa, seja físico ou mental, eliminado de forma simples e instintiva com boas horas de sono e atividades relaxantes, seria o chamado estresse fisiológico ou  positivo.

Um refere-se a um estado corriqueiro, normal, do nosso dia-a-dia, devido nossas atividades laborais, familiares e sociais, o outro está mais relacionado a uma situação patológica que, a longo prazo, pode evoluir para uma doença.

Revisando textos sobre exaustão, deparei com um que fala sobre Síndrome de Burnott www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/n5/223.html e observei muitos pontos em comum com relatos do cotidiano dos meus pacientes; alto estresse crônico no trabalho e emocional, despersonalização, diminuição da realização pessoal, etc.

O ser humano sempre buscou desenvolver formas mais confortáveis para a sua sobrevivência, isso demanda estratégias, tempo, disponibilidade, e, consequentemente, dependendo da forma como "encaramos" essas situações, estresse. A própria sobrevivência grupal e individual gera tensão, basta observamos nossos antepassados quando lutavam pela própria vida caçando para alimentar-se, protegendo-se de animais selvagens, e das próprias condições do meio externo; frio, calor, tempestade, furacões, etc.

Atualmente, a cobrança por performance exemplares, rendimentos além das forças físicas, envolvimento intelectual extremistas, fazem com que nos afastemos de coisas simples que nos trazem um relaxamento maior.

As crianças já estão sendo expostas a estes padrões robotizados logo cedo, perdem a “inocência” das brincadeiras infantis para serem introduzidas a salas de informática, inglês, kumon, karatê, balé,  uma quantidade imensa de informações que as tornam cada vez mais competitivas e menos humanizadas.

Adultos adotam o mesmo padrão; combinamos de nos reunirmos em um bar para reencontrarmos amigos que não vemos há anos, e, no entanto, ao invés de "curtirmos" esse momento precioso, "curtimos" sim uma mensagem postada no facebook, WhatsApp, exatamente no momento que nosso amigo está contando a história de sua vida, suas experiências, etc.

Não é   incomum irmos a um restaurante e depararmos com casais sentados frente a frente, namorando, não um com o outro, mas com seus aparelhos sofisticados.

Sentimentos e atitudes negativas     nos relacionamentos do indivíduo com o seu trabalho, com seus amigos e familiares, com a sociedade em si geram grande insatisfação pessoal, desgaste, perda de comprometimento. Afinal de contas, o ser humano é sociável e depende das inter-relações para seu crescimento intelectual, emocional e material.

Enfim, tudo isso leva a um situação tão crônica que nem percebemos estar vivenciando uma exaustão emocional.  Exaustão, do normal ao patológico, parte 2, falará exatamente sobre isso. 




Mirian Ilda da Silva












segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Mente Corpo e Oriente.



Muito se discute sobre o ser humano e sua complexidade;   sua personalidade, suas atitudes, suas doenças, mas pouco se discute sobre o caminho    que   leva o mesmo  a ser completo, saudável,  autêntico em sua verdadeira essência.

Estamos buscando as respostas nos lugares certos?  Como as auto sabotagens nos fazem ficar parados no tempo? Nossas crenças são responsáveis por nossos medos, inseguranças, conformismos? Somos escravos de nossos próprios pensamentos?

Em minha busca pessoal, entre um curso e outro, entre questionamentos e divagações, encontrei algumas dessas  respostas nos preceitos da Medicina Oriental, complementado pela terapia com Florais de Bach.

Quando conseguimos entender que somos bons e ruins, fortes e fracos, luz e escuridão, positivo   e negativo, sem tentar encobrir com estratégias esses dois lados e sim aceitando-os e entendendo-os, conseguimos nos aprofundar na nossa Unidade, no nosso ser perfeito, na nossa verdadeira essência.

Entendendo os nossos próprios sintomas, podemos encontrar o caminho para nossa cura física, emocional ou psíquica, buscando aquilo que todos nos almejamos: a paz interior e a harmonia com a nossa própria natureza.





Mirian Ilda da Silva